Internacional
Cida Arruda: “A Trajetória até chegar aos Estados Unidos”
Cida Arruda conta que sua travessia pelo México durou 7 dias, começou em Goiania para SP de SP para Cancún, de Cancún a Cidade do México da Cidade do México a Hermozilio.
Chegando em Cancún, ela ficou 3 dias, onde teve que começar a deixar as roupas, ela levou para viagem 6 garrafas Pet com Leite Ninho e Mucilon para alimentar o filho, ela conta que preferiu carregar esse peso por conta dele, já que teria que deixar as roupas dela e do filho.
“Em Hermozilio um coiote nos pegou e ficamos lá no meio do deserto dentro de um ferro velho, tinha várias pessoas dentro desse galpão. Os coiotes assistiam filmes pornograficos o dia inteiro”, conta Cida.
Para não ter que ficar dentro do galpão, ela preferiu ficar na parte de fora, dentro de um carro, com o filho dentro da blusa protegendo ele do frio. “Um dia chegou um senhor vendendo arroz e frango, e eu comecei a cozinhar isso para nos alimentarmos. Ali ficamos por uns 5 dias nesse lugar no deserto”, destaca ela.
Na travessia, dentro de uma caminhonete, Cida ficou durante 6 horas, amamentava o filho deitada durante esse tempo todo, para ele não chorar, deitado embaixo dos pés dos passageiros.
Após a travessia, Cida chegou em Fenix – EUA, ali os coiotes deram a passagem até Boston, porém havia uma conexão em Nova York. Quando ela entrou com o filho no avião, estava com muita fome, e não sabia pedir água nem comida, até tentou falar “water” mas a aeromoça não entendia.
Foi quando Um homem dentro do avião vendo a dificuldade, ofereceu a comida e a bebida dele, e segurou o filho para ela poder se alimentar. “Esse homem foi um anjo nesse momento para mim”, diz Cida.
Ao chegar em Nova York, ela não sabia que tinha que descer do avião, a aeromoça ajudou ela sair de dentro.
Ao sair, o homem que estava dentro do avião esperou, pegou a mão dela e o filho, e levou até a porta do próximo avião.
Ao chegar em Boston, ela passou o filho pro seu marido que estava esperando e desfaleceu. Pois havia chegado finalmente ao destino final tão sonhado. “Imaginando que havia acabado nossa aventura, fomos a nossa primeira casa, que nada mais era do que um colchão de solteiro atrás do sofa em uma sala, onde meu marido estava morando como Help”, concluiu Cida.
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