Economia

Juros do rotativo passam a ser limitados a 100% da dívida a partir de hoje; veja simulação

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Fonte/ Reprodução: Internet

A partir desta terça-feira (2), os juros do rotativo do cartão de crédito e da fatura parcelada serão limitados a 100% do valor da dívida, uma mudança que ocorre devido à falta de um acordo entre o governo e os bancos. Esta medida foi estabelecida pela lei do Programa Desenrola, sancionada em outubro, e regulamentada no final de dezembro pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A legislação do Desenrola previa um prazo de 90 dias para que negociações entre o governo, Banco Central, instituições financeiras, Congresso Nacional e Banco Central resultassem em um novo modelo para o rotativo do cartão de crédito. Sem um acordo, o padrão adotado seria semelhante ao do Reino Unido, com juros máximos equivalentes a 100% do total da dívida, que não poderiam mais aumentar após a duplicação do valor original.

Após a divulgação da decisão do CMN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a falta de propostas por parte das instituições financeiras durante o período de negociação. “Se vocês pensarem no Desenrola, esse era um dos grandes problemas do país. As pessoas [que renegociaram os débitos no programa] estavam, muitas vezes, com dívidas dez vezes superior à original”, disse o ministro. “Agora, a dívida não poderá dobrar”, acrescentou Haddad.

SIMULAÇÃO:

Com a implementação do teto de juros, por exemplo, uma fatura de R$ 100 que não seja paga e vá para o rotativo terá juros e encargos limitados a R$ 100, o que significa que o valor total da dívida não ultrapassará R$ 200, independentemente do tempo.

“A suposição é que, se uma pessoa acumular uma dívida de R$ 1 mil no cartão de crédito e não pagar, estaria sujeita a taxas de juros de quase 450% ou 500% ao ano [segundo as regras anteriores]”, explicou Haddad. “Com essa medida, os juros não poderão exceder 100%.”

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