Cultura
Jose Nelson Freitas: “Infância marcada pelo amor à literatura inspirou autor a escrever saga épica”
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Por décadas Jose Nelson Freitas se dedicou a outros objetivos. Mas a paixão pela escrita, cultivada desde criança, falou mais alto e hoje ele se tornou Escritor. Seu livro “O Chamado”, primeiro volume da Trilogia “O Segredo do Caminho” foi lançado recentemente.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Por mais de 50 anos, Jose Nelson Freitas gestou a história da Trilogia “O Segredo do Caminho”, saga épica de um casal de indígenas tupi-guarani que enfrenta inúmeros desafios para impedir a destruição do universo. Segundo o autor, a história começou a povoar sua imaginação em 1957, ainda criança, quando ouviu pela primeira vez o romance de cordel “O Pavão Misterioso”, mas só tomou sua forma definitiva, em 2019, em meio à “Peregrinação do Caminho de Santiago de Compostela”, a partir daquele momento, a obra não poderia ficar mais relegada à mente de Freitas. O primeiro volume da saga, cujo título é “O Chamado”, rapidamente ganhou o papel e recentemente chegou às prateleiras das livrarias.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Mas nada poderia sair de modo distinto. Era o destino de Freitas escrever esta saga. Tudo em sua trajetória de vida o levou a isso, a começar pelo seu nascimento com ares de epopeia. Nascido em 1951, na pequena Parnaíba (PI), Freitas chegou a ser desenganado por quase todos a seu redor. Pequeno e frágil, foi apressadamente batizado para que não morresse pagão. Resignada, sua mãe chegou a chamar o padre algumas vezes para abençoar o filho. Buscando desesperadamente salvá-lo, transformou o quarto em reduto de muitas ervas e rezas. “A base de leite materno que minha mãe tirava e me molhava a boca, porque não conseguia sugar, fiquei dia após dia mais forte e sobrevivi. De repente, venci minha primeira batalha”, relata.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Os trabalhos diversos, as muitas brincadeiras e outros episódios que marcaram a infância de Freitas também são mostras de que um escritor de imaginação fértil e verve poética tinha de nascer. O escritor foi vendedor de mangas, funcionário de um armazém de “Secos e Molhados”, e trabalhou em uma oficina perto da estação de trem onde o pai era estivador. Mas o trabalho que lhe deu mais prazer foi em um cinema chamado Cine Teatro Ritz. Lá aprendeu a gostar de filmes, paixão que certamente é uma das fontes de inspiração de sua obra literária.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Das brincadeiras, Freitas se lembra de jogar bola de meia, bolinha de gude, e peteca, de usar sua criatividade para simular um projetor de filmes em papelão, com seu irmão Jose Wilson, um verdadeiro artesão, de fazer seus próprios brinquedos, com madeiras e latas, posto que sua família não possuía muito dinheiro. De outras brincadeiras de mau gosto, que no final rendiam um pouco de correria e alguns safanões. Nadar nos finais de semana no Rio Iguaraçu – amplamente citado no primeiro volume da Trilogia – também era uma das atividades preferidas de Freitas, assim como as brincadeiras de rodas.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Ouvir os cantadores de cordel e repentistas, no Mercado Municipal, em Parnaíba teve um impacto tão grande em Freitas, que o livro é uma homenagem àquelas histórias que povoaram a sua imaginação de criança. “Busquei fazer uma narrativa que lembrasse a cultura de ‘cordel’, substituindo o verso pela prosa. Como toda a literatura de cordel, trata-se uma história épica”, afirma o escritor.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Entre outros inúmeros episódios da infância que influenciaram Freitas a escrever o livro, destaca as férias no Pacaetano, nome dado a uma fazenda que seu avô materno possuía na zona rural de Araioses, no Maranhão, a 20 quilômetros de Parnaíba. Lá aproveitava bastante a festa de São João, onde dançava quadrilha e participava do desafio do Bumba Meu Boi. Lá, também ouvia as histórias de assombração e lendas (Mula Sem Cabeça, Castigo do Castelo de Pedra, Cabeça de Cuia, entre outras), que eram contadas por sua mãe, irmãs e tia e que serviram como referências para as histórias que compõem a trilogia “O Segredo do Caminho”.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
A paixão pela leitura, que foi de suma importância para que Freitas escrevesse a trilogia, também foi estimulada no autor desde criança. Apesar de sua origem pobre, na qual a família era grande e a comida pouca, Freitas era constante abastecido com livros por uma madrinha, professora. “Adorava ler história geral. Lia e ficava imaginando aqueles povos antigos, suas guerras e como viviam suas famílias”, conta. Aos poucos foi se encantando pela literatura. Seus autores preferidos: José de Alencar, Castro Alves e Machado de Assis.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Na adolescência, seu elo com a literatura se fortaleceu e começaram a brotar os primeiros frutos na área da escrita. Já em Fortaleza (CE), para onde seus pais se transferiram na década de 1960, Freitas fundou o jornal “O Estrago” e trabalhou como assistente de revisor no jornal “O Povo”, no Liceu do Ceará, onde estudava. Participou ainda ativamente do Clube dos Poetas Cearenses. “Todo ano o clube publicava uma antologia. Participei de duas e escrevi contos e poemas que foram publicados nos jornais”, relata.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Não obstante suas aspirações literárias, o destino fez com que Freitas rumasse para outros caminhos. Cursou Direito na Universidade Federal do Ceará (UFC), apaixonou-se e começou a namorar Conceição, sua esposa até hoje. Decidido a constituir família, passou a trabalhar na Companhia Brasileira de Estruturas Metálicas (Cibresme), onde rapidamente foi promovido a auditor. Mas lá a carreira foi curta. Logo mudou-se para São Paulo em busca de melhores condições de vida.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Na capital paulista, trabalhou inicialmente em uma corretora de seguros. Vivendo em uma pensão, com pouco dinheiro, Freitas chegou a passar fome. Seis meses depois de sua chegada, arranjou um emprego no Unibanco, atual Banco Itaú. Mais assentado financeiramente, deu sinal verde para que sua esposa, grávida, e com a filha de dois anos de idade no colo viesse morar com ele. Ainda hoje, Freitas lembra como foram complicados esses anos iniciais em São Paulo. “Até mesmo alugar uma casinha de um cômodo e cozinha em uma pequena vila foi difícil”, conta.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
Mas a vida foi generosa com Freitas. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde constituiu uma carreira sólida na área corporativa. Sua família aumentou de tamanho: são três filhos e quatro netos. E o sonho de se tornar escritor, que estava adormecido, retornou fortemente durante o caminho de Santiago de Compostela. Embevecido pela paisagem medieval, foi transportado em memórias para as histórias que ouvia na infância e adolescência. Soube naquele momento que precisava colocar todas as experiências que viveu e viveria na peregrinação em um livro.
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Jose Nelson Freitas – Foto: @maju.fac
A escrita é hoje uma realidade que promete render vários frutos. Atualmente, além da conclusão do segundo e o terceiro livros da Trilogia, intitulados “Guardiões do Caminho” e “Colar Universal”, respectivamente, Freitas tem mais um projeto em andamento: terminar a edição do seu primeiro livro infantil, “O Diário de Lótus”, em que descreve, em forma de diário, as angústias, medos, pesadelos e momentos de felicidade de sua cadelinha chamada Lótus Farias.
Para conhecer mais sobre o Escritor segue o Instagram @freitasfariasescritor
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Cultura
Idalia Rossatti: A Arte como Terapia e Fonte de Inspiração
Cultura
SAVE THE DATE: Encontro “Velhices LGBTI+” promove diálogo e celebração da diversidade
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No próximo sábado, dia 25 de maio, São Paulo se prepara para mais uma edição do encontro “Velhices LGBTI+“, um espaço de diálogo, celebração e resistência. O evento, que acontecerá no Centro de Cultura da Diversidade, promete reunir uma série de atrações e personalidades da comunidade LGBTI+.
Organizado pela coordenadora da diversidade da cidade de São Paulo, Leonora Aquilla, o encontro terá início às 14 horas e seguirá até às 17 horas, com entrada franca para todos os interessados em participar. O evento contará com a apresentação de Nelly Winter e a trilha sonora ficará por conta do DJ Alcimar.
Um dos momentos mais esperados será o bate-papo com o psicólogo Jair Donato, que trará reflexões importantes sobre a vivência da comunidade LGBTI+ na terceira idade.
Além disso, o encontro contará com uma série de atrações especiais, que prometem animar e emocionar o público presente. Entre os artistas confirmados estão Marco Del Monte, Rosana Star, Penelope Jolie, Explosão Latina, Sissy Zeta Jones, Mama Darling, Lizz Camargo e Gretta Starr.
Portanto, marque na agenda: dia 25 de maio, das 14h às 17h, no Centro de Cultura da Diversidade, um encontro imperdível para celebrar e fortalecer a diversidade LGBTI+ na cidade de São Paulo.
Colunista: Daniel Steve
Instagram: @jornalistadanielsteve
Cultura
Cantora Anna Torres Encanta Público no Festival Festivamente no Largo do Arouche
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No último domingo, dia 31 de março, o Festival gratuito Festivamente agitou o Largo do Arouche, com uma apresentação especial da renomada cantora Anna Torres. O evento, organizado pela Coordenadoria de Políticas LGBT+ da Prefeitura de São Paulo, foi marcado por performances emocionantes e celebração da diversidade.
Radicada em Paris há 23 anos e com uma carreira internacional respeitada, Anna Torres encantou o público com sua potência vocal diferenciada, sendo comparada às grandes divas do jazz mundial. Em um evento comemorativo da Prefeitura de São Paulo em parceria com políticas LGBTI+, a cantora apresentou-se no coração da cidade, no Largo do Arouche, a partir das 18h, no projeto “Festivamente“.
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Foto Reprodução: Daniel Steve
Sob o título de “Um Mundo Diferente“, que também é o nome de seu mais recente EP e da música que compôs para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, Anna Torres fez questão de celebrar suas origens maranhenses durante o show. Além das canções de seu novo EP, a artista presenteou o público com clássicos da música francesa de seu CD anterior, intitulado VOILÀ PARIS!, prometendo agitar os paulistas e toda a comunidade LGBTQIA+.
“Galera de São Paulo, que saudade eu estava de vocês. Amo essa cidade e me apresentar aí no projeto ‘Festivamente’ pra tanta gente incrível será especial demais. Espero todos vocês, hein! Até lá!”, convidou Anna Torres, demonstrando sua empolgação em estar de volta aos palcos paulistanos.
Vale destacar que recentemente, no dia 8, Anna Torres foi laureada com o Prêmio “Mamacitas Latinas” em Paris, seguido pelo “Award Suisse” da Revista suíça Network no dia 9. Com um brilho nos olhos, uma voz marcante e muitos sonhos na cabeça, Anna Torres continua sua jornada, levando sua arte, sua terra e suas lutas ao mundo, como uma verdadeira heroína da poesia de Gonçalves Dias.
Colunista: Daniel Steve
Instagram: @jornalistadanielsteve
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